Diversas patologias graves podem atingir o sexo feminino como o câncer de mama, artrite reumatoide entre outras. O câncer no colo do útero é uma doença à qual as mulheres devem ficar sempre atentas, pois a progressão e o não cuidado podem levar a câncer generalizado e consequentemente ao óbito.
É a segunda forma de tumor mais presente entre as mulheres e a quarta em morte por câncer no Brasil. Mas para que isso não acontece, ele pode ser devidamente tratado e prevenido. Uma das maneiras mais simples de prevenção é realizar o exame ginecológico regularmente, pelo menos uma vez por ano. Um simples exame pode diagnosticar a doença de maneira precoce e poupar um enorme sofrimento para você e sua família.
Índice
O que é o Câncer no Colo de Útero
O câncer no colo do útero possui como característica principal a multiplicação descontrolada de células epiteliais de revestimento do órgão. Existem dois tipos de carcinomas que podem invadir o colo: o epidermoide, que é o mais comum e atinge o epitélio escamoso e o adenocarcinoma que acomete o epitélio glandular. Ele, normalmente, demora anos para se desenvolver.
No caso da infecção pelo vírus HPV pelo contato direto com o parceiro sexual ocorre da seguinte maneira: durante o ato sexual ocorrem microlesões na mucosa genital ou anal que propiciam a entrada direta do vírus na corrente sanguínea e daí passando para a mucosa epitelial do útero. Por isso o uso da camisinha é tão importante.
Sintomas do Câncer no colo do Útero
O câncer do colo de útero é uma doença que dificilmente apresenta sintomas. A melhor forma para se prevenir desse mal é fazendo exames de prevenção regulamente, porém quando a doença está num estágio mais avançado, o câncer do colo de útero pode apresentar os sintomas abaixo:
- Sangramento pela vagina durante a relação sexual
- Dor no baixo ventre
- Queixas urinárias
- Corrimento avermelhado com consistência aquosa
- Queixas intestinais
Fatores de risco
O principal agente causador dessa patologia são os subtipos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), em especial os subtipos HPV-16 e HPV-18. Apenas esses dois tipos são responsáveis por quase 70% dos cânceres de colo do útero. Mas ninguém precisa se assustar, porque o fato de ter o vírus não significa que você desenvolverá o câncer.
O que frequentemente acontece é que a infecção é transitória e acaba regredindo espontaneamente. Apenas em pequenos casos a infecção persiste e pode ocorrer algumas lesões fáceis de identificar como lesão intraepitelial escamosa de alto grau e adenocarcinoma in situ.
Existem outros fatores predisponentes que põem facilitar a progressão da patologia como baixo sistema imunológico, fator genético e um dos principais, o comportamento sexual (multiplicidade de parceiros sexuais, iniciação sexual precoce e o uso de contraceptivos orais, indiretamente).
Formas de prevenção
A primeira atitude a ser tomada e reduzir o risco de contrair o vírus através do ato sexual sem proteção. Outra maneira de prevenção, relativamente nova, é o uso das vacinas criadas, aprovadas e comercialmente disponíveis em nosso país contra os subtipos 16 e 18 do HPV. Mas elas são uma forma de prevenção apenas e não de tratamento, ou seja, elas não surtirão efeito se forem administradas após o contágio.
Exame Papanicolau
Consiste na coleta de material diretamente do útero com uma espátula para análise em laboratório. São obervadas alterações nas células cervicais, que são chamadas de displasias cervicais. Essa displasia é justamente o desenvolvimento da infecção provocada pelo HPV. É o mais indicado para diagnosticar o câncer de colo do útero.
Ele é bem simples de ser realizado e é oferecido de maneira gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em qualquer Unidade de Saúde da Família, também conhecida como postos de saúde. Infelizmente, muitas mulheres não fazem o exame, seja por vergonha ou falta de informação.
Tratamento do Câncer no colo do Útero
O tratamento é realizado de acordo com o tipo de lesão ocorrida, verificada através de um exame histológico e lesões intraepiteliais, neoplasias cervicais 2 e 3 e adenocarcinoma são formas prioritárias de tratamento. Após a confirmação através do exame, o tratamento por EZT (exérese da zona de transformação) por eletrocirurgia deve ser realizado.
Entre as formas mais comuns de tratamento estão a cirurgia e radioterapia no caso de câncer já devidamente instalado. A escolha entre um ou outro vai depender do estadiamento da doença, tamanho do tumor e alguns fatores como idade e a vontade de ter filhos após o tratamento. Nos estágios iniciais tratamentos cirúrgicos como conização e traquelectomia radical é uma hipótese.
Cuidados iniciais
Logo após o diagnóstico confirmado para o câncer de colo do útero, alguns cuidados iniciais devem ser tomados. Existe uma abordagem já padronizada que inclui:
- Alívio para dor e outros sintomas como estresse, ansiedade ou depressão;
- Reafirmar a vida e a morte como um acontecimento natural;
- Integrar ao tratamento aspectos clínicos, psicológicos, sociais e espirituais;
- Oferecer um suporte de apoio familiar para lidar com a doença;
- Ajudar os pacientes a viverem da maneira mais ativa possível;
A melhor forma de evitar o aparecimento do câncer é a prevenção. Fazer exames de maneira periódica e usar proteção na hora da relação sexual são fundamentais para uma boa saúde.