Esse é o nome do livro da psicanalista e sexóloga Regina Navarro Lins. Ela é uma expert quando se trata do assunto relacionamentos e romances. Foi colunista do Jornal do Brasil por 8 anos e já rodou o país dando palestras e workshops sobre sexo, casamento e amor. Neste livro ela aborda temas como a ideia do amor romântico, os relacionamentos antes e depois do casamento e como ficamos presas em um convívio que não vale mais a pena.
História
A primeira parte do livro aborda toda a história do amor. Ao contrário do que muita gente romântica pensa, ele não existiu desde sempre. Durante os primeiros anos da evolução humana (estou falando dos homens das cavernas) o amor ainda não existia. Eram a verdadeira geração Tribalista onde ninguém é de ninguém. Não existia a ideia da fidelidade ou dos ciúmes e tanto homens como mulheres faziam sexo entre si sem medos ou sentimentos de pecado. É a velha frase: trocavam de parceiro como quem troca de roupa. Era tudo na hora que a vontade surgia.
Outro detalhe dessa época é que as mulheres detinham o poder. Os homens não entendiam que eles participavam do processo de formação do bebê e viam as mulheres como divindades. Mas com o tempo isso foi mudando e ficando cada vez pior. Depois que eles se deram conta que eram necessários para gerar nova vida, colocaram as mulheres em segundo plano. Elas eram apenas o recipiente que guardaria o feto e que toda a vida que aquele ser tinha vinha do líquido que depositavam nos ventres delas.
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O amor
Você sabe como a ideia do amor romântico surgiu? Há muitos anos não se falava em amor, ele era um mal completamente desnecessário e por muito tempo os casamentos não eram bem vistos pelas pessoas. Só depois da época dos feudos foi que ter família era um privilégio e uma forma de ascender socialmente. Apenas os primogênitos tinham permissão para isso enquanto que os mais novos saiam mundo a fora em busca de aventura e de fortuna. O desejo deles era de poder ter uma esposa e um lar e ser um homem respeitado por todos.
Só depois do surgimento dos trovadores é que a ideia do amor romântico surgiu. Eles cantavam histórias nas quais o amor supera qualquer obstáculo. O homem que ama deve fazer qualquer sacrifício para conseguir um único beijo de sua amada. Deve fazer de tudo para conquista-la ou então não era digno o bastante para tê-la. A mulher tinha que ser bela, delicada como uma flor, ser uma exímia mãe e dona de casa. Parece que de lá para cá as coisas não mudaram muito não foi?
O casamento
Na sequência, Regina vem falando sobre o casamento. Ela cita alguns depoimentos de suas pacientes e a maioria deles mostram como estão infelizes em suas vidas de Senhora Fulano de Tal. Várias delas perderam o desejo e o tesão e o sexo já não é como antes. Outras renegam amizades e seu lazer só para fazer a vontade do outro, se anulando como ser único para se tornar uma extensão do outro. Outras não vão a lugar algum se o marido não for convidado.
Elas acabam se prendendo em um casamento infeliz e sem graça, que já perdeu a vivacidade há muito tempo. Depois de um tempo chega a maternidade e naquele primeiro momento se sentem completamente preenchidas, mas depois que os filhos crescem, a função de mãe é perdida e as mulheres já se esqueceram de como ser mulher e se sentem inúteis. Tudo perde o sentido.
Depois, Regina ainda fala sobre o sexo e o que o futuro nos guarda. É um livro que leva a mulher a refletir sobre o seu real papel na sociedade e na vida. Será mesmo que ficar sozinha é sinônimo de infelicidade? Colocar a expectativa da sua vida em outra pessoa é uma maneira simples e fácil e triplicar as chances de se sentir frustrada e arrependida. Leia A Cama na Varanda e pense um pouco sobre todas as verdades que ouviu desde que você ainda era uma criança.