Já foi comprovado em vários estudos que o stress é capaz de interferir na nossa vida de forma direta e considerável, afetando não apenas as nossas emoções, mas também gerando problemas físicos, desde de uma simples dor de cabeça até febre. Os cientistas também já sabiam que o nível de stress gerava dificuldade de engravidar, mas ainda não haviam mensurado o quanto isso poderia ser. Uma pesquisa conseguiu mostrar isso com muita clareza através de números impressionantes.
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A pesquisa

Uma enzima chamada alfa amilase, um indicador do stress que é encontrado na saliva, foi encontrada em altos níveis em algumas mulheres e descobriu-se que elas possuem 29% menos chances de engravidar e até o dobro de chance de serem inférteis, ou seja, quando não há concepção por um período acima de 12 meses sem o uso de contraceptivos. Foram selecionadas para a pesquisa 501 mulheres, todas numa faixa entre 18 e 40 anos de idade. Todas elas estavam tentando engravidar, mas não conseguiam, mesmo não tenho nenhum problema biológico que desse sinais de infertilidade. A pesquisa acompanhou as voluntárias durante 12 meses seguidos ou até que elas conseguissem engravidar.
Outros fatores que influenciam a infertilidade
É preciso citar que o stress não é o único fator que pode vir a causar infertilidade, mas ser o único ou se somar a outros fatores. Existem diversas outras causas que podem impedir a mulher de engravidar:
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Síndrome do Ovário Policístico: a principal característica dessa patologia é o excesso de testosterona ou a falta de ovulação. É a causa mais comum de infertilidade ficando em 75% nas mulheres inférteis e 10% no público feminino;
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Ser gorda demais ou magra demais atrapalha o trajeto que os hormônios precisam percorrer até chegar ao ovário;
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A endometriose é outra causa bastante comum de infertilidade e atinge principalmente as mulheres em idade fértil numa taxa de 10 a 15%.A doença causa cólicas intensas, dor durante a relação e mudanças no sistema urinário e intestinal durante o período menstrual. Ela pode causar inflamação nas trompas e na cavidade abdominal;
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O problema pode não estar com você, mas sim com o seu parceiro. Uma das maiores causas de infertilidade masculina é a varicocele, que se caracteriza por uma dilatação das veias dos testículos. Ocorre uma queda na produção de espermatozoides por causa do aumento da temperatura local, ocasionada pelo acúmulo de sangue nas veias;
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Desregulação hormonal pode ser ocasionada por causa de alguma mudança na funcionalidade de uma glândula secretora como a tireoide. Como a ovulação depende da liberação de certos hormônios na corrente sanguínea, a produção do óvulo fica consideravelmente prejudicada;
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As mulheres são as mais expostas às Doenças Sexualmente Transmissíveis, causando inflamações nas trompas e no útero. Mulheres que não fazem tratamento de doenças como a clamídia ou gonorreia desenvolvem inflamação na pélvis, o que dificulta a gravidez;
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Sentimentos como ansiedade e stress podem afetar a liberação de certos hormônios como a gonadotrofina e prolactina, liberados pela glândula hipófise. Consequentemente, as chances de você engravidar será muito menor;
Casal triste com o resultado negativo do teste de gravidez – Foto: Freepik
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Um dos fatores mais preocupantes entre as mulheres que desejam ter filhos é a idade. Todas as mulheres nascem com uma quantidade definida de óvulos e que vão reduzindo com o passar dos anos. Com apenas 25 anos, mais de 70% do total de óvulos já se foram e com 35 anos, só restam apenas 10% da quantidade inicial. Mas como a tecnologia já avançou bastante, existem muitos recursos que podem facilitar a gravidez depois dessa idade, como técnicas de inseminação artificial;
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Mulheres entre 30 e 40 anos podem formar miomas, que são tumores benignos, mas que devem ser tratados pois eles podem chegar no tamanho de um melão. Eles causam prejuízos à concepção e ovulação;
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Cirurgias no ovário, que ocorrem comumente por causa da formação de cistos, reduzem a quantidade de óvulos armazenados;
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A quimioterapia é um procedimento utilizado para o tratamento do câncer e que atinge todos os sistemas do corpo, inclusive o reprodutor;
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Se você está sentindo dores na região pélvica, febre, desconforto, sangramento e secreções vaginais estranhas, pode ser que esteja instalada uma endometrite, uma infecção no endométrio. Este tecido reveste a parede interna do útero;
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Alguns problemas como infecções pélvicas e ginecológicas podem afetar de forma indireta a concepção. Essas situações impedem do óvulo fecundado se fixar de forma eficaz no útero. Ir ao ginecologista pelo menos 1 vez ao ano pode afastar esse problema;
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Contraceptivos injetáveis deixam o muco vaginal mais espesso e isso dificulta a passagem do espermatozoide impedindo que ele chegue ao óvulo. Quem toma esse tipo de medicamento há mais de 6 meses deve consultar o médico;
Infertilidade – Foto: Freepik
Mesmo com toda a tecnologia do mundo moderno e o grande avanço da medicina, existem alguns fatores que não podem ser identificados como os genéticos. É difícil fazer um rastreamento em todas as cadeias do DNA e identificar quando afeta a fertilização. Mas, neste caso, recorrer às técnicas de reprodução assistida pode ser uma excelente opção.