Em fevereiro de 2017, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, a comercialização, a distribuição e a importação de Noz da Índia (Aleurites moluccanus) e do Chapéu de Napoleão (Thevetia peruviana) dentro do território nacional.
O motivo é a relação entre essas plantas e mortes por intoxicação. Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, uma mulher morreu aos 38 anos, de parada cardiorrespiratória. Ela havia consumido Noz da Índia com o intuito de emagrecer. Como teve hepatite na adolescência, a toxicidade da planta levou a um quadro grave de intoxicação e ela morreu em fevereiro do ano passado.
O Ministério da Saúde já havia alertado, no ano passado, que registrava um aumento de relatos com o uso da noz da índia. Ela tem propriedades laxativas, mas ainda não há dados suficientes que comprovem a eficácia terapêutica e a segurança do uso em humanos.
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As promessas são de queima da gordura localizada, redução do colesterol, moderação do apetite, prolongamento da sensação de saciedade, diminuição da ansiedade e prevenção da constipação.
No Brasil não existem produtos registrados com essa espécie vegetal, ou seja, qualquer produto consumido não tem avaliação e aprovação da Anvisa nem de qualquer outro órgão oficial do governo.
Os sintomas de intoxicação por essa planta são:
- Náuseas
- Vômitos
- Cólicas abdominais
- Diarreia intensa.
- Em casos de maior gravidade pode ocorrer desidratação, queda de pressão e choque.
A outra planta, chamada Chapéu de Napoelão, é muito confundida com a Noz da Índia. Uma pesquisa na Argentina mostrou que muitos do produtos identificados como Noz da Índia, não são feitos com a Aleurites moluccanus, mas sim com a outra espécie ainda mais tóxica, a Thevetia peruviana.
As sementes da Thevetia são altamente tóxicas por possuírem grandes concentrações de glicosídeos cardiotônicos – que são compostos que atuam diretamente no miocárdio, sendo utilizados principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva. Seu uso é proibido em países como México, Austrália e Argentina.
Para perder peso sem correr o risco de intoxicação, o melhor mesmo é apostar em uma alimentação rica em fibras!