A Síndrome de Impostora nas mulheres é mais recorrente do que muita gente imagina. E isso é ocasionado por uma série de fatores, desde a criação da mulher até a sociedade patriarcal de forma geral.
Pensando neste tema tão emergente, fizemos este conteúdo com perguntas, respostas e 7 dicas para lidar com essa situação. Acompanhe até o fim e, lembre-se, juntas somos mais fortes! Por isso, não se esqueça de compartilhar este texto com uma mulher da sua vida. 😉
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O que significa o conceito Síndrome de Impostora nas mulheres?
Em linhas gerais, a Síndrome de Impostora nas mulheres diz respeito a um sentimento que gera uma profunda insegurança na mulher. É como se ela sentisse que é bem-sucedida, mas não por mérito próprio, mas sim, por pura sorte. E ainda, ela crê que isso logo será descoberto pelas outras pessoas.
Ou seja, a todo momento a mulher está se diminuindo. Não acredita que os próprios resultados que ela atinge é algo grandioso e feito só por ela. Como se sempre fosse culpa da sorte ou da ajuda de outras pessoas.
Uma mulher com síndrome de impostora tende a ser ver como alguém incapaz, que está em determinado cargo de liderança por engano. Ou ainda, que determinado cargo foi oferecido por “pena” ou algo do tipo.
Assim, pode acabar abrindo mão de diversas oportunidades profissionais, por se ver como inapta. Afinal, quando oferecerem um cargo de liderança ou mais alto do que o atual, a mulher negará por acreditar estar longe de ser tão boa quanto a vaga exige que seja.
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Quais as causas da Síndrome de Impostora nas mulheres?
A Síndrome de Impostora nas mulheres é algo multifatorial e subjetivo. Isso quer dizer que, para algumas mulheres, a causa pode estar relacionada às crenças familiares. Em outras situações, pode se relacionar com a baixa autoestima causada por comentários pejorativos das outras pessoas.
De qualquer forma, para compreender o motivo pelo qual determinada mulher se sente uma impostora no seu trabalho, é necessário fazer uma autoanálise. Por meio dela, o autoconhecimento será aflorado e será mais fácil encontrar boas respostas para o caso.
Contudo, também separamos algumas das potenciais causas, a fim de ajudar você na sua reflexão:
- Baixa autoestima por ter uma autoimagem ruim.
- Medo de desapontar as outras pessoas.
- Saúde mental abalada por outras questões.
- Comentários negativos de pessoas despreparadas.
- Família ou convívio social com preceitos muito machistas.
- Sentimento de culpa com relação a algum erro do passado.
- Medo do julgamento alheio.
- Sensação de sobrecarga no trabalho.
- Dificuldade para colocar em prática os conhecimentos que possui.
- Entre outras variáveis.
Vale ressaltar que é possível que a mulher nunca encontre uma causa X para o problema. Ou ainda, encontre diversos gatilhos envolvidos com a condição. Em todos os casos, entender que se trata de algo errôneo e irreal já é um grande caminho percorrido.
Isto é, você não precisa saber elencar causa por causa para encontrar uma solução para essa questão. Mas sim, poderá se ancorar no autoconhecimento para, a partir de então, ter uma nova visão sobre si mesma.
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Como lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres?
Agora que você já entendeu o que é e quais são as causas da Síndrome de Impostora nas mulheres, é hora de pensar e refletir sobre como lidar com isso, certo?
Para tanto, elencamos 7 dicas que poderão servir de estopim para você impulsionar grandes mudanças na sua vida pessoal e profissional. Acompanhe e inspire-se:
1. Pratique o autoconhecimento e entenda seus pontos fortes e fracos
O autoconhecimento é um bom ponto de partida para lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres. Isso porque é através dele que começamos a ter uma visão mais real de quem somos e de como podemos atuar em nossas vidas.
Afinal, quando foi a última vez que você parou para pensar nas suas habilidades? Quando foi a última vez em que listou tudo o que você é capaz de fazer rapidamente, tranquilamente e com muita qualidade? Pense sobre isso!
Quando paramos para colocar na ponta do lápis todas as nossa qualidades e pontos fortes, passamos a ter uma visão muito mais positiva sobre quem somos. E isso pode ajudar a fortalecer a autoconfiança e, consequentemente, minimizar os impactos da síndrome de impostora.
Contudo, isso não quer dizer que você deva apenas ficar “se bajulando”. Afinal, autoconhecimento também é saber enxergar os pontos fracos e que precisam de melhoria.
Por isso, depois de analisar seus pontos fortes, foque naqueles que você não gosta muito. Seja sincera e não exagere no peso desses pontos negativos, hein? É preciso saber analisar de uma forma racional, e não emocional.
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2. Trabalhe as suas limitações da melhor forma possível
Depois que você conseguir listar as suas limitações e os seus pontos fracos, é hora de aprender a lidar com isso. Para tanto, procure pesquisar e encontrar alternativas que possam lhe ajudar a melhorar esses traços da sua personalidade.
Por exemplo, se você se vê como uma mulher muito procrastinadora, então encontre ferramentas e mecanismos de minimizar isso. Vale usar agendas, alarmes, e assim por diante, a fim de garantir que você comece a diminuir esse traço negativo.
Lembre-se, ainda, de que essa mudança acontece com o passar do tempo. Não se cobre a ponto de querer uma mudança radical da segunda para terça, por exemplo. Mas sim, esteja atenta a cada nova conquista e tenha sempre o seu propósito em mente na hora de buscar melhorias.
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3. Busque novos conhecimentos e aumente a sua autoestima intelectual
Dentro das suas novas metas de melhorias – e também das novas metas que você possa ter, busque novos conhecimentos para aumentar a sua autoestima intelectual.
E nem estamos falando de uma nova graduação, uma pós ou algo longo nesse sentido, hein? Mas sim, nos referimos às leituras diárias, à escolha de bons podcasts, à assistir vídeos e documentários que enriqueçam a sua mente e a sua vida, e assim por diante.
Quanto mais você investir em si mesma, buscando aprender e se desenvolver a cada dia, mais a sua autoconfiança será aflorada. E isso, com o passar do tempo, poderá ser visto como uma forma de combater e minimizar os quadros de Síndrome de Impostora nas mulheres.
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4. Peça feedbacks de maneira recorrente para lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres
Os feedbacks, sejam eles positivos ou negativos, também são importantes na hora de lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres.
Isso porque é através deles que podemos ter uma visão mais real da nossa imagem profissional. E assim, podemos buscar melhorias e estratégias de crescimento que realmente façam sentido.
Da mesma forma, os feedbacks positivos podem nos ajudar a fortalecer a imagem que temos de nós mesmas, proporcionando uma visão muito mais real e alinhada a quem somos.
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Por isso, não tenha medo de pedir feedbacks. Mas sim, tenha medo de ficar estagnada por não aprender nada com ninguém. 😉
Afinal, a Síndrome de Impostora nas mulheres também pode ser causada, justamente, por essa sensação de estagnação.
5. Quebre as suas crenças internas que se baseiam em medos na hora de lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres
Sabe aquelas crenças internas que alimentamos ao longo da nossa vida? Pois é, em grande parte elas são mentirosas. E muitas vezes sequer nos damos conta disso.
Portanto, sempre que surgir aquele medo de parecer imatura ou inapta, pergunte-se até que ponto isso faz parte da realidade ou se trata de uma mera insegurança sua.
Quanto mais você analisar essa sua posição e os seus pensamentos, mais fácil será encontrar as crenças limitantes que precisam ser quebradas. E nem estamos falando em um viés de autoajuda, mas sin, de autoconhecimento mesmo.
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6. Entenda que ninguém é perfeito para lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres
Sim, isso é óbvio, mas você sabia que a Síndrome de Impostora nas mulheres pode estar relacionada com o medo de ser imperfeita? Isso mesmo!
Nós, desde crianças, somos impulsionadas a fazer tudo delicadamente e perfeitamente. Somos vistas como aquelas que limpam a casa de maneira impecável, saem para passear super arrumadas e perfumadas, e têm muito carinho e atenção pela família e pelos filhos.
Esses conceitos, que focam apenas nessas qualidades femininas, são machistas e podem fazer com que você sinta uma pressão para ser perfeita em todos os âmbitos da sua vida.
Mas é aí que entra o plot twist: não existe perfeição. E ainda, não existe em nenhum âmbito da vida de uma mulher ou de um ser humano no geral.
Por isso, pare de se crucificar tanto quando você comete um erro. Pare de achar que você merece sofrer ou que é incapaz apenas por ter cometido algum deslize, ou deslizes, em alguns momentos.
Mas sim, busque aprender com os erros e use-os como uma mola propulsora para o seu desenvolvimento profissional. Isso evitará que a sua mente fique criando limitações para a sua atuação no mercado de trabalho.
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Respeite a sua história, as suas aprendizagens e crescimentos! Fuja do perfeccionismo!
7. Lidar com a Síndrome de Impostora nas mulheres: Analise os seus bons resultados e saiba se reconhecer neles
Sabe aqueles bons resultados que você teve no decorrer da sua carreira? Então pense um pouco sobre eles, avaliando-os. Isso poderá lhe ajudar a ter uma visão mais real sobre a sua atuação.
Afinal, a Síndrome de Impostora nas mulheres está ao lado da dificuldade de enxergar os próprios pontos positivos e feitos grandiosos. Por isso, force-se a enxergar os seus atributos e revisite as suas vitórias sempre que necessário.
A Síndrome de Impostora nas mulheres pode ser tratada em psicoterapia
Por fim, é importante ressaltarmos que a Síndrome de Impostora nas mulheres também pode ser combatida e tratada por meio da psicoterapia. Isso porque, na terapia, você terá a chance de descobrir novas versões de si mesma.
Além disso, terá uma visão mais clara do seu trabalho e da sua vida, buscando formas de se autoconhecer e se desenvolver sem se diminuir.
E ainda, desfrutará de mais qualidade de vida e saúde mental de maneira geral – e não apenas no âmbito profissional. Vale a pena testar!
Cuide-se e aceite-se! 🙂
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