Todas nós já sabemos da grande importância da amamentação para a saúde da criança. Mesmo assim muitas mães teimam em não fazê-lo com medo dos seios caírem e perderem a beleza natural. Outras retiram a amamentação bem antes do prazo ideal e não entende porque o filho vive adoecendo. Saiba qual a composição do leite materno e todos os benefícios que há nele.
Índice
O colostro
É um tipo de leite que é produzido pela mãe nos primeiros dias logo depois do parto. Se você observar ele não muito parecido com o leite materno mais comum pois ele é quase transparente e não é secretado em muita quantidade. O colostro é o melhor alimento para proteger o bebê de possíveis doenças que possam acometê-lo logo nos primeiros dias de vida que é quando ele está mais vulnerável ao ataque de germes, vírus e bactérias.
Ele é composto, principalmente, de leucócitos, água, proteínas e carboidratos. Outro composto importantíssimo são as imunoglobulinas que não conseguem ultrapassar a placenta e por isso devem ser transferidas ao bebê logo após o nascimento. Ele é considerado como a primeira vacina que o seu filho recebe pela grande quantidade de anticorpos que ele possui. O colostro é rico em vitamina A, retira o mecônio que ainda está presente no intestino e previne a icterícia.
Depois de aproximadamente 15 dias, o colostro vai aos poucos se transformando no leite materno propriamente dito. Ele fica mais encorpado e é produzido em maior volume. Além dos nutrientes já presentes no colostro é possível encontrar também macrófagos, ácidos graxos, lipazes, neutrófilos e outros compostos essenciais para o bom desenvolvimento do organismo. O leite materno é composto de, aproximadamente, 51% de lipídeos, 43% de carboidratos e 6% de proteínas. São 70 kcal para cada 100 ml de leite.
Benefícios do aleitamento materno
Segundo a OMS, o bebê deve receber apenas o leite materno durante os primeiros 6 meses de vida. Nem mesmo água é necessário, pois a quantidade desse líquido que é necessária para o recém-nascido já está no leite. Depois desse período você pode complementar a alimentação. Veja bem, eu disse complementar. Nada de substituir a amamentação por outros alimentos. A criança pode receber o leite materno por até 2 anos ou mais. Veja as vantagens que o aleitamento pode trazer para a mãe e para o filho:
- O útero volta ao tamanho normal mais rapidamente;
- O bebê reduz a possibilidade de adquirir doenças que podem até leva-lo ao óbito como complicações respiratórias, problemas renais e diarreias;
- Reduz o risco de contrair o câncer de mama;
- A perda de peso para a mãe é mais rápida;
- Previne o aparecimento de doenças cardiovasculares quando a criança chegar na maturidade;
- Também reduz as chances da mãe e do filho de ter diabetes no futuro;
Problemas na amamentação
Muitas mulheres têm alguns problemas na hora de amamentar e que podem trazer muito desconforto nesse momento que deveria ser tão prazeroso. As rachaduras no bico do seio são muito comuns e o leite empedrado podem ser uma verdadeira preocupação para a mãe além de causar dor na hora de amamentar. Uma dica é retirar um pouco de leite antes da mamada. Isso pode facilitar a “pega” do bebê no momento de sugar o leite.
Outra coisa da qual as mães costumam ter muito medo e de não conseguir produzir a quantidade de leite adequada para a criança ou então que ele seque antes do tempo. O segredo para que isso aconteça é justamente amamentar o máximo possível. No início pode ser bem ruim porque o bebê não tem horários, mas é recomendado que a mamada seja dada em qualquer momento, seja de dia ou de noite. Depois a criança vai se adaptando e fazendo seus próprios horários. Se você amamentar frequentemente, as glândulas produtoras de leite serão estimuladas e dificilmente ele secará.
Alimentação complementar
Aos seis meses de vida, o aparelho digestivo da criança já está devidamente formado e pronto para receber alimentos mais sólidos como as papinhas. Dê preferência sempre aos alimentos feitos em casa e não aos fabricados comercialmente nas prateleiras dos supermercados. As papinhas podem ser feitas a partir de verduras e frutas e é importante ter uma boa quantidade de vitamina C, vitamina D, ferro e carboidratos para fornecer energia.
A frequência com a qual essa nova alimentação é oferecida deve ser devidamente respeitada. O estômago da criança ainda é muito pequeno e a quantidade alimentos deve ser fornecida de maneira progressiva. Na primeira semana é indicado dar apenas uma refeição no meio da manhã de preferência ou a tarde (nunca á noite). Depois de algum tempo a quantidade sobre para duas vezes por dia e por fim, 3 vezes. Para saber quando é o momento certo procure um pediatra, nutricionista ou enfermeiro especialista.
Dicas
Agora que você já entende a importância de amamentar o seu filho existem algumas dicas que podem facilitar a sua vida. A posição certa para a amamentação é aquela na qual você e o seu bebê se sentirem mais confortáveis. Espere até o fim da mamada pois a gordura que dará energia e ganho de peso fica no final do leite. Alterne as mamas entre uma mamada e outra para que elas se esvaziem de forma igual e dê tempo de uma encher enquanto a outra esvazia. Aproveite esse contato tão íntimo com o seu filho e crie um elo de amor e carinho pelo resto da vida com ele.