Ícone do site Nada Frágil

Artrite Reumatoide: Sintomas e Tratamento

Essa é mais uma doença que afeta mais as mulheres do que os homens chegando a atingir 3 a 5 vezes mais as mulheres. Também pode ser conhecida como artrite degenerativa, artrite anquilosante, poliartrite crônica evolutiva ou artrite infecciosa crônica. Ela é mais frequente em pessoas com idade entre 40 e 70 anos. Existe também a forma juvenil que acomete pessoas com uma média de 16 anos de idade.

Mulher com dores no pulso. Foto: Freepik

Conceito

A artrite reumatoide ou AR é uma doença autoimune, inflamatória e crônica. Ela afeta as membranas sinoviais que recobrem o tecido conjuntivo de várias articulações ao mesmo tempo. As regiões mais afetadas são as mãos, o punho, cotovelo, joelho, tornozelo, pé, ombro e coluna cervical. Pode atingir também os órgãos internos como o pulmão, os rins e o coração. Na maioria dos casos o indivíduo já possui uma predisposição genética para o aparecimento da doença.

A doença acontece na seguinte forma: o sistema imune é o responsável por nos proteger de diversas doenças com a ajuda dos anticorpos. Mas por causa de uma mudança no material genético, esse mesmo sistema pode se voltar contra nós atacando o próprio organismo que deveria proteger. Então ele começa a atacar a membrana sinovial causando dor, inchaço e rubor nas articulações. A AR é uma doença sistêmica e portanto, pode atingir qualquer parte do corpo.

Causas da Artrite Reumatoide

A causa específica do aparecimento da doença ainda é desconhecida. O que se sabe é que as pessoas acometidas possuem uma predisposição genética (marcadores genéticos) e a suposição dos cientistas é que alguns fatores ambientais podem servir como gatilhos desencadeando o início da doença. Mas isso não é uma regra. Há pessoas com os marcadores que nunca desencadearam a doença e também há pessoas portadoras de AR e que não possuem nenhum marcador genético.

Outros gatilhos ambientais para aqueles com predisposição genética estão sendo pesquisados. Agentes infeciosos como vírus e bactérias são vistos com um grande potencial. Traumas físicos como pancadas e emocionais como a depressão, estresse e ansiedade também estão sendo colocados na lista. Outro fator que está sendo amplamente pesquisado são os hormônios femininos já que as mulheres parecem ter uma predisposição maior para desenvolver a doença.

Sinais e sintomas da Artrite Reumatoide

Como já dito, a AR pode provocar alterações em todas as partes do corpo, não apenas ósseas, mas também ligamentares e musculares. Órgãos do sistema como olhos, aparelho respiratório e cardíaco também estão na lista. Um ponto positivo em tudo isso é que as manifestações clínicas começam cedo e dessa forma é possível começar o tratamento tão logo os primeiros sinais apareçam como a diminuição do espaço articular e erosões que acometem cerca de 76% dos pacientes. Vejamos agora os principais órgãos acometidos:

Diagnóstico

O diagnóstico é realizado através da avaliação de alguns sinais e sintomas que são observados nesses pacientes como rigidez matinal, três ou mais áreas acometidas, simetria e formação de nódulos. O diagnóstico é estabelecido a partir dos resultados de alguns exames de sangue onde é possível identificar anemia, fator reumatoide, anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico (é o mais específico para AR), VHS e proteína C reativa. Os exames de imagem também são necessários como o raio-X e a ressonância magnética.

Raio X acusando artrite. Foto: Freepik

Tratamento

Apesar de não ter uma cura definitiva, o tratamento da Ar pode ser bastante promissor fazendo todos os sintomas desaparecerem se tudo for seguido da maneira correta. Ele vai depender do estágio da doença de acordo com nível de atividade da patologia: leve, moderada ou grave. Existem os tratamentos não farmacológicos que possuem como objetivo principal a manutenção da movimentação normalizada das articulações como fisioterapia e exercícios físicos.

O tratamento medicamentoso avançou muito nos últimos anos e estão cada vez mais específicos trazendo maiores benefícios para os pacientes. Os medicamentos visam evitar a progressão dos sintomas e reduzir a dor para que as atividades diárias não sejam prejudicadas. Os principais são os anti-inflamatórios (que devem ser usados apenas em períodos de dor e inflamação intensa) esteroides e os não esteroides e agentes imunológicos.

Já as cirurgias são recomendadas para uma parcela muito pequena dos pacientes que obtiveram o diagnóstico já em estágios bastante avançados nos quais as deformidades são permanentes e atrapalham o dia a dia. A AR não é contagiosa e se não for diagnosticada ainda nos primeiros estágios da doença pode levar a uma incapacidade motora completa. O repouso é recomendado só em caso de dor. Quanto mais você se movimentar as articulações ficarão mais lubrificadas e receberão uma maior quantidade de nutrientes.

Separei mais esses conteúdos para você:

Sair da versão mobile