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HPV: Tipos, Sintomas, Tratamento e Prevenção

Uma das doenças sexualmente transmissíveis que mais atinge as mulheres é o HPV. A sigla em inglês se refere ao papilomavírus humano e ataca principalmente pele e mucosas. São mais de 100 tipos diferentes de HPV e destes, 40 podem atingir as regiões genitais e anal. A doença se tornou uma preocupação para a saúde pública, pois é a principal razão pela qual as mulheres vêm adquirindo câncer do cólon do útero. Fique bem atenta, tire suas dúvidas e saiba tudo o que precisa saber sobre essa patologia e principalmente, a melhor forma de tratamento.

Enfermeira aplicando injeção em paciente. Foto: Freepik

Transmissão

O HPV é a doença sexualmente transmissível que mais ocorre entre as mulheres. A principal via de transmissão é, sem dúvidas, a sexual. Mas existem outras como uma transmissão vertical, da mãe para o feto, ou através de objetos íntimos ou cortantes que abriguem o vírus e entrem em contato com a pele. A estimativa é que pelo menos 25% até 50% das mulheres estejam infectadas e que cerca de 75% vão entrar em contato com o vírus em algum momento da vida. As mulheres têm mais chances de adquirir a doença pela vastidão da mucosa vaginal, que não é encontrada no homem. Mas, ainda assim, segundo estatísticas, admite-se que 50% dos homens tenham o vírus.

Sinais e Sintomas do HPV

O principal sinal que o HPV manifesta é o aparecimento de verrugas em tamanhos variados. Mas o local onde elas aparecem dependem muito do vírus pelo qual a pessoa foi infectada. Normalmente, existe um específico para a região genital e outro para regiões cutâneas mais generalizadas. No homem, é mais comum que apareça na glande e no ânus. Já na mulher os locais mais prováveis são vagina, vulva, ânus e cólon do útero.

Existem 3 tipos básicos de sinais que podem surgir. O mais simples de todos, as verrugas, costumam aparecer em mãos, pés e face e são causadas pelos vírus HPV-1 e HPV-2. Acomete, geralmente, pessoas mais jovens e não está relacionada à maior gravidade. Um outro tipo de manifestação também bastante conhecido é o condiloma acuminado. Ele é mais frequente em mulheres adultas com vida sexual ativa e mais de trinta tipos de HPV podem causar isso, mas os tipos 6 e 11 são os principais. E por fim, a papilomatose respiratória, que é uma ocorrência bastante rara e ocorre pela formação de verrugas no aparelho respiratório podendo ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir o problema.

Farmacêutica organizando remédios. Foto: Freepik

Já o cancro é a forma mais grave do HPV. Ele está diretamente relacionado com a formação de câncer do cólon do útero. Mas a ocorrência de um tumor não é tão fácil assim. Não é porque você tem o vírus que vai ter o câncer. Quando o cancro se desenvolve muito se transformando em células malignas é porque ele já está há muito tempo no local sem que tenha ocorrido nenhuma tentativa de removê-lo, ou seja, nenhum tipo de tratamento. Os vírus dos tipos 16, 18, 31 e 45 são os mais visualizados nesta patologia.

Diagnóstico

Grande parte dos casos de HPV não apresentam nenhuma manifestação clínica aparente. A pessoa pode ter o vírus e viver com ele toda a sua vida sem que aquilo se manifeste de nenhuma forma. Ou até pode se apresentar, mas normalmente, os sinais acabam se resolvendo por eles mesmos sem a necessidade de nenhuma intervenção médica ou farmacológica. É o que se chama de forma latente do vírus.

Quando este é o caso, não é aconselhável tentar fazer o diagnóstico, pois pode induzir ao erro. O melhor mesmo é fazê-lo apenas quando houver algum tipo de manifestação clínica. As verrugas genitais podem ser investigadas através de exames clínicos, tanto em homens como em mulheres. Outras lesões não vistas a olho nu devem ser feitas através de exames de laboratório como o citopatológico, histopatológico e de biologia molecular. Lentes e aumento e o uso de substâncias de contraste pode ajudar na colposcopia, peniscopia e anuscopia.

HPV tem Cura? Qual os Tratamentos?

Felizmente o HPV tem cura. Já o tratamento é escolhido de acordo com a extensão, o local e o número de verrugas. Podem ser utilizados diversos métodos como laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético e remédios que melhoram a eficiência do nosso sistema imunológico. Mesmo depois do tratamento ser realizado você pode sofrer uma nova infecção e vários fatores podem contribuir para isso, principalmente o emocional. Ou então, você pode entrar em contato com outro tipo viral, já que existem mais de 100 deles e acabar tendo uma nova infecção por conta disto.

Prevenção do HPV

O uso da camisinha durante o ato sexual pode ser um forte aliado, mas infelizmente não elimina todas as chances de ser infectado. Isso porque existem outras partes expostas ao contato com o vírus como a região pubiana, perianal, perineal ou bolsa escrotal podem estar em risco. A camisinha feminina, por cobrir uma maior extensão na região reduz a chance de transmissão do vírus pelo parceiro.

Médico atendendo paciente. Foto: Freepik

Hoje em dia podemos contar também com as vacinas contra o HPV, mas não há para todos os tipos. Existe a vacina quadrivalente contra o HPV tipos 6, 11, 16 e 18 e a vacina bivalente que protege contra os tipos 16 e 18 e estão mais intimamente relacionados com a formação do câncer do cólon do útero. Essas vacinas são como quaisquer outras, ou seja, elas evitam que o vírus sobreviva na corrente sanguínea de quem a tomou, mas não elimina o vírus já instalado. A vacina quadrivalente é indicada para homens e mulheres em idades entre 9 e 26 anos e a bivalente, apenas para mulheres com idades entre os 10 e 25 anos.

Como a vida sexual tanto das mulheres como dos homens está se iniciando cada vez mais cedo, o ideal é providenciar a vacina o quanto antes. Idades entre 10 e 13 anos já estão liberadas para exposição à vacina. A eficácia dela tem tempo limitado e pode ser necessária uma dose de reforço depois de 8 ou 9 anos da primeira dose. Outra maneira de prevenir que os sintomas avancem e se transforme num câncer é fazer exames periódicos. Visite o seu ginecologista, pelo menos uma vez por ano e faça todos os exames necessários.

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