Ícone do site Nada Frágil

Como driblar os sintomas da menopausa

Certamente, toda mulher deve se lembrar do dia em que ficou menstruada pela primeira vez. Um momento único, mas que envolve dúvidas por não entender ao certo para que tudo aquilo serve; euforia por perceber que está deixando de ser uma menina para se tornar uma mulher; algumas vezes raiva, por saber que terá que aguentar, mensalmente e por vários anos, aquele transtorno; entre outras coisas.

Para uma garota de 12 ou 13 anos, às vezes até menos, tudo isso é uma novidade assustadora, mas que se torna normal com o passar dos anos. Mas quando se chega próximo aos 45, outro fenômeno ocorre, trazendo de volta todo aquele sentimento de incerteza e o medo volta, mas com um outro nome: climatério, mais conhecido como menopausa. Muitas mulheres não gostam nem de pronunciar o nome, mas o fato é que, nenhuma está livre de chegar à terceira idade sem antes passar por ela.

Foto: Freepik

Assim como grande parte das adolescentes escondem que já viraram “mocinhas”, as adultas não assumem que sua fase de fertilidade está acabando. Talvez porque a menopausa também seja um marcante acontecimento que anuncia o fim de um ciclo e o início de outro, e que muitas consideram o começo da velhice. E, quem pensa dessa forma, está enganada. A menopausa não é nada mais que um efeito natural do corpo, que a essa altura da vida, sabe que determinados hormônios não serão mais necessários. Não que essa informação fará do climatério um período mais tranquilo, mas ao menos serve para que lembrar que o calor súbito, a possível insônia, os momentos depressivos, a queda do desejo sexual e a perda óssea são comuns a todas e, por isso, você não está sozinha nessa.

Claro que tudo isso é contornável. Atualmente, existem diversos tratamentos, remédios e receitas caseiras para driblas os sintomas da menopausa e passar por ela mantendo a qualidade de vida. Pense positivo, em algum tempo você não terá mais que menstruar!

Climatério?

Foto: Freepik

O período tão temido pelas mulheres com idade a partir de 45 anos ocorre devido à diminuição gradual da produção de dois hormônios: progesterona, produzido pelo ovário e responsável por preparar a mulher para a gestação; e o estrógeno, que é faz com que as mulheres ganhem formas femininas. Quando a liberação desses hormônios é totalmente suspensa, a mulher se torna infértil. A função dos ovários é cessada nessa fase, juntamente com a produção de óvulos. Tudo isso quer dizer, basicamente, que a mulher perde a capacidade de gerar um bebê.

Nessa fase, a menstruação pode simplesmente sumir ou aparecer eventualmente, sem periodicidade certa. Porém, em algumas mulheres, ela pode ser potencializada, tanto em questão de período quanto fluxo.

Foto: Freepik

A menopausa não tem idade certa para chegar. Em geral, ocorre entre os 45 e 60 anos, podendo iniciar antes. Tudo vai depender do organismo da mulher; as que começaram a menstruar muito cedo tem mais chance de entrar na menopausa antes dos 45. Quando mulheres atingem o climatério antes de 40 anos de idade, os médicos classificam como menopausa precoce.

Dentre os sintomas estão a irritabilidade, sudorese noturna, ressecamento vaginal, falta de apetite sexual, insônia, depressão, ondas de calor e perda de atenção e memória. Os sinais não são comuns a todas. Estima-se que mais de 50% das mulheres sofrem, pelo menos, com os calores repentinos. Após três anos de menopausa, os calores diminuem cerca de 30%.

Mas, o que mais preocupa é a perda óssea, que causa osteoporose. Esse sim é o sintoma mais grave, já que deixa os ossos porosos e mais suscetíveis a quebra. A osteoporose pode acometer, inclusive, homens. Porém, as mulheres correm mais risco de ter devido à queda do hormônio estrógeno.

Tratamento Clínico

Já mencionamos que toda mulher que chega à terceira idade, sem exceção, passou pela menopausa. Claro, salvo situações em que há anormalidade hormonal. Fora isso, as mulheres precisam mesmo aguentar o tal período. Entretanto, não é preciso sofrer e quase derreter de calor. Existem muitas formas de contornar a situação. Uma delas, a reposição hormonal (TRH), é a mais conhecida e, porque não dizer, controversa.

A reposição, como o próprio nome indica, busca reestabelecer os níveis hormonais visando a diminuição dos sintomas. A ideia não é evitar que o organismo cesse a produção, mas melhorar a situação para que o corpo não sinta tanto. O tratamento deve ser prescrito por um médico ginecologista, já que é necessário realizar exames para verificar as taxas de hormônios e determinar o remédio que mais se adequa à cada uma. Nos casos em que existe risco de problemas cardiovasculares, por exemplo, o médico pode receitar medicamentos que diminuem esse risco.

Por outro lado, muitos alegam que esses remédios contribuem para o aparecimento de outros sintomas, como aumento de peso, dores de cabeça, retenção de líquido, náuseas e até câncer de mama e útero. Entretanto, para saber os efeitos colaterais que cada mulher vai sentir, somente iniciando o tratamento.

O importante é discutir com o médico as melhores opções, levando em consideração os possíveis transtornos e os sintomas que mais incomodam. Se for irritabilidade, por exemplo, pode não ser necessária a ingestão de hormônio; um antidepressivo leve deve auxiliar nesse caso. A reposição hormonal não é obrigatória e a mulheres podem optar por fazê-la ou não. Já as que sofrem de menopausa precoce devem, sim, fazer o tratamento.

Dica: Recomendamos que você leia também nosso artigo sobre os 10 hábitos saudáveis que você deve adotar.

Foto: Freepik

Tratamento alternativo para Menopausa

Para aquelas que tentaram medicamentos e não sentiram melhora, ou para quem não quer fazer a reposição hormonal, há algumas dicas, principalmente alimentares, que melhoram os sintomas. A primeira delas é uma dieta balanceada, rica em fibras, que pode ser seguida sem nenhum esforço.

Basta adicionar ao seu cardápio diário doses de produtos integrais, como pães e arroz, muitas frutas e vegetais. Recentemente, uma pesquisa descobriu que a tangerina é rica em fibras e pode, inclusive, ajudar a combater diversos tipos de câncer. Peixes também são uma boa pedida, já que possuem ômega 3; para tanto, escolha os que tem mais carne. Sardinhas são ótimas fontes de cálcio, auxiliando na questão da osteoporose.

Gordura saturada pode ser descartada, assim como o cigarro, vilão da saúde. Bebidas alcóolicas devem ser diminuídas, assim como o consumo de sal.

Exercícios físicos são sempre bons, não importa a idade. Para quem está na menopausa, eles podem garantir uma melhor qualidade de vida, o fortalecimento dos músculos, ajudando a proteger os ossos, além de aumentar o tônus da pele. Com, pelo menos, 30 minutos diários de caminhada, é possível fazer com que o corpo funcione em sintonia e, assim, até esquecer do tal climatério.

Separei mais esses conteúdos para você:

Sair da versão mobile