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Protetor Solar – Aprenda a usar corretamente

Desde crianças aprendemos que a exposição do corpo humano aos raios solares pode ser benéfica ou bastante maléfica para a nossa saúde. Quando a exposição é moderada, mudanças fisiologicamente ocorrem em nossos corpos (vasodilatação e estimula a circulação sanguínea, favorece a formação do metabolismo da vitamina D e, consequentemente, a absorção de cálcio, estimula as defesas e tem até efeito antidepressivo) impactando positivamente.

Em exposições excessivas e com a pele desprotegida, os efeitos podem ser nocivos, como as vermelhidão e queimaduras, até perigosos, quando desencadear doenças tais como a psoríase, lúpus, dermatose solar, dermatite, vitiligo e o câncer de pele (melanoma).

Marido aplicando protetor solar na esposa. Foto: Freepik

Com os constantes anúncios de que a camada de ozônio (camada da atmosfera que filtra os raios solares, mantendo a raça humana viva) vem sendo gravemente prejudicada, torna-se cada vez mais necessário estar ciente da importância de se usufruir os benefícios do sol, evitando seus efeitos danosos da radiação.

É nesse momento que os protetores solares entram em cena para ajudar a proteger a pele, quando exposta ao sol, seja no trabalho, nos esportes ou qualquer outra atividade ao ar livre. Nunca é demais relembrar que o primeiro cuidado a ser levado em consideração é saber que o horário de exposição segura ao sol deve ser antes das 10h30, na parte da manhã, e depois das 16h da tarde. Deve-se evitar tomar sol do meio dia às 15h, quando o sol apresenta maior quantidade de raios infravermelhos e consequentemente, causa danos à pele.

Os efeitos do sol são cumulativos e suas manifestações, muitas vezes, atrasadas. Portanto, a proteção deve ser feita desde cedo e sempre. Os estudos científicos já comprovam que os protetores são eficazes na prevenção de câncer de pele, ao protegê-la contra as mutações celulares e evitar as queimaduras.

Em forma de géis, cremes ou spray, eles são conhecidos por protetores físicos ou químicos. Os orgânicos (bloqueadores) tem em sua composição o óxido de titânio e óxido de zinco, que dissipam ou refletem a radiação dos raios UV e raramente causam alergia, enquanto que os químicos (filtros), por sua vez, normalmente à base de benzofenonas, parsol 1789, salicilatos, cinamatos, eusolex 2020, ácido sulfônico e algumas vezes o ácido paraminobenzóico (PABA), absorvem os raios ultravioletas, impedindo que penetrem na pele.

Existem ainda protetores solares que combinam as funções dos filtros e dos bloqueadores. O ideal é usar um que reúnam essas duas funções, para uma efetiva proteção.
A seguir, algumas recomendações importantes para ajudar a escolher e usar a proteção solar ideal:

Mulher sentada na cadeira de praia enquanto aplica protetor solar. Foto: Freepik

BLOQUEADORES SOLARES

Você pode escolher entre dois tipos de proteção direta para pele: bloqueadores e filtros. Os bloqueadores atuam como uma barreira que fazem com os raios solares refletiram e não penetram na pele. Normalmente, são compostos de óxido de zinco ou dióxido de titânio, em forma de cremes espessos que deixam a pele esbranquiçada ou de qualquer cor do produto, tem efeito imediato e são removidos por secagem ou outras atividades. O bloqueador (popularmente conhecido como pasta d’água) tem efeito mais prolongado que o filtro solar, por esta razão deve ser utilizado em períodos de longa exposição solar.

A desvantagem desse tipo de proteção é que não deixa a pele respirar bem, podendo causar acne. As pessoas com pele oleosa e tendência a desenvolver acne podem usar géis, que são tão eficazes como os outros.

FILTROS SOLARES

Já o protetor solar tem a capacidade de absorver seletivamente alguns tipos de radiação solar que causam danos cumulativos desde a infância, a exemplo dos raios ultravioleta UV (UVA e UVB), que afetam as células, causam o envelhecimento e podem causar câncer.

A UVB causa câncer de pele e deixa queimaduras avermelhadas e com bolhas. Por esta razão, a maioria dos filtros solares protege contra este tipo radiação. Eles são classificados de acordo com o seu FPS (Fator de Proteção Solar). Assim, o protetor com SPF 15 filtra 93% da radiação UVB. O fator SPF 30 filtra a 95% e o SPF 50 filtra 97%.

Fique alerta sempre à composição (ver no rótulo) do produto, para certificar-se se ele é livre de PABA ou outro ingrediente que você seja alérgica. O PABA (ingrediente Ácido 4-aminobenzóico) é um ácido que se utilizava anteriormente como bloqueador solar, mas que provoca alergias em pessoas com predisposição, como a dermatitis (queimar a pele).

COMO FUNCIONA A PROTEÇÃO

O SPF dos protetores indica sua capacidade de proteção contra a radiação solar. Sua escala vai de 2 a 70. Portanto, o número SPF corresponde ao fator pelo qual deve calcular o tempo de exposição segura ao sol, multiplicando-se o tempo mínimo de exposição sem queima. Ou seja, se uma pessoa leva 10 minutos para ficar vermelha quando exposto ao sol, ela pode aplicar um filtro com FPS 15 para permanecer 150 minutos (2 horas e meia) sem vermelhidão da pele.

Os protetores mais recomendados para crianças são aqueles de fator SPF 30 e preferencialmente à prova de água.

Se tiver dúvida, o recomendado é nunca usar protetor com FPS abaixo de 15, independe do tipo ou tom da sua pele. Para o rosto e mãos, por serem partes do corpo muito sensíveis a manchas e envelhecimento, recomenda-se protetores com fator mínimo de 30.

Os protetores à prova de água (impermeável) obviamente duram mais tempo em contato com a água do que o protetor comum, mas nem por isso se deve confiar plenamente, quando se trata de estar sob os efeitos dos raios solares. É preciso observar e revisar a existência do produto na pele a cada duas a três horas, em média, devido ao atrito com a areia, toalha, água e as ondas, que vão retirando o produto.

Mulher aplicando protetor solar no rosto. Foto: Freepik

ROUPAS, ACESSÓRIOS E RADIAÇÃO

Já sabemos que frequentemente se deve usar uma roupa de cor branca para não sentir tanto a forçado calor, pois quando essa cor recebe a luz solar ela reflete totalmente, não absorvendo nada. E que a cor violeta reflete somente a luz violeta, absorvendo todas as outras. Em temporadas sol e verão, roupas de cor negra são desaconselháveis, porque ao contratio da cor branca, ela absorve todas as cores e não reflete nenhuma delas. A luz absorvida é transformada em calor.

Contudo, nem por isso você vai sair coberta de branco dos pés à cabeça e se expor ao sol (seja na praia, piscina, passeio etc.) confiante e sem proteção. Em relação à pele, o que filtra os efeitos do sol é em definitivo a aplicação de protetores solares com um bom FPS, tanto é assim que a indústria da moda já vem fabricando tecidos e roupas com FPS e óculos com lentes com bloqueadores de raios UVB e UVA. Os raios UVB, que são mais prejudiciais, são bloqueados pelo vidro comum ao contrário do UVA, que requerem lentes especiais.

É sempre válido pesquisar na internet por opiniões de protetores, e claro, procure sempre se aconselhar com um profissional de dermatologia em casos de dúvidas.

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