Cerca de 13% das mulheres que dão à luz desenvolvem depressão pós-parto, uma condição séria, de longa duração.
O nascimento de uma criança pode criar uma série de emoções poderosas, como euforia e alegria, mas também medo e ansiedade. Ele também pode resultar em algo pouco esperado – depressão.
Muitas mamães experimentam sentimentos negativos após o parto, que podem incluir mudanças de humor, choro, ansiedade e dificuldade de dormir. Esses sentimentos começam nos primeiros dois ou três dias depois do parto, durando até duas semanas.
Mas em alguns casos, uma forma mais severa ocorre: a depressão pós-parto. Tratamento é necessário para que os sintomas sejam controlados.
Sintomas da depressão pós-parto
Os sinais e sintomas desse problema são intensos e duram muito tempo, acabando por interferir na capacidade da mulher de cuidar do bebê e seguir com suas atividades cotidianas. Eles podem começar nas primeiras semanas ou até mesmo depois de seis meses após o parto.
- Humor depressivo
- Alterações bruscas de humor
- Choro excessivo
- Dificuldade de se aproximar afetivamente do bebê
- Isolamento social e familiar
- Perda ou excesso de apetite
- Insônia ou sonolência excessiva
- Fadiga extrema
- Interesse reduzido em atividades que costumava apreciar
- Irritabilidade intensa e raiva
- Medo intenso de não ser uma boa mãe
- Medo de ser inútil, vergonha, culpa ou inadequação
- Ansiedade severa
- Ataques de pânico
- Pensamentos sobre ferir a si mesma ou ao bebê
- Pensamentos suicidas
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Psicose pós-parto
É uma condição rara que pode se desenvolver na primeira semana depois do parto, com sinais e sintomas ainda mais severos que o da depressão pós-parto. Requer tratamento imediato e intensivo.
- Confusão e desorientação
- Pensamentos obsessivos sobre o bebê
- Alucinações
- Perturbações do sono
- Paranóia
- Tentativas de se machucar ou machucar o bebê
A depressão pós-parto não é “frescura” e não pode ser ignorada, pois a saúde física e mental da mulher e do bebê estão em risco. Muitas mulheres, ao desenvolverem os sintomas, sentem-se ainda piores devido às cobranças da sociedade que oprimem com a ideia de que o nascimento de uma criança deve sempre trazer felicidade.
É dever das pessoas próximas à mulher que sofre com o problema dar todo o apoio necessário na recuperação, sem julgá-la ou ridicularizá-la pelo assunto.
As causas da Depressão pós-parto
Mudanças físicas, devido à intensa queda nos hormônios estrogênio e progesterona podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Hormônios da tireóide também podem apresentar uma queda grande, o que contribui para a sensação de fadiga e desânimo. No campo emocional, as exigências dos primeiros momentos com o bebê atrapalham o sono e mudam a relação com a auto-imagem e identidade.
Fatores de risco da Depressão pós-parto
- Histórico de depressão
- Transtorno bipolar
- Histórico de depressão em outros membros da família
- Complicações durante a gravidez como pré-eclâmpsia, diabetes, etc.
- Bebês com necessidades especiais
- Dificuldade para amamentar
- Problemas no casamento ou relacionamento
- Problemas financeiros
- Gravidez indesejada ou não-planejada
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