Ao contrário do que aquela propaganda de absorventes tenta passar, o período menstrual não é fácil, confortável e simples de conviver.
Algumas mulheres experimentam sintomas agonizantes – e deveriam ser respeitadas, não ridicularizadas por isso. Outras, mesmo com sintomas mais amenos, também convivem com alterações emocionais e físicas desgastantes – e também deveriam ser respeitadas, não ridicularizadas por isso.
Basicamente, há mais questões envolvidas sobre a menstruação do que é comumente mostrado pela mídia. Quanto mais informadas as pessoas forem sobre o assunto, melhor será a relação de respeito e empatia, não é mesmo? Abaixo alguns fatos sobre esse período do mês:
Índice
Quatro décadas
Em média, uma mulher comum vai menstruar durante 38 anos da vida dela. Pense a respeito: garotas começam a menstruar aos 12 anos, em média e entram no climatério (após a última menstruação, conhecida como menopausa) por volta dos 50 anos.
Aproveite e confira nosso artigo sobre as causas do atraso da menstruação.
Sinais de problemas
Aproximadamente entre 6 e 10% das mulheres americanas sofrem de endometriose, uma condição excruciante que pode causar cólicas devastadoras, dor nas costas crônica e causar infertilidade. Testes podem ser feitos por médicos para identificar o problema e o tratamento pode ser com medicamento ou cirurgia.
O mito da sincronia
Enquanto que ter o mesmo ciclo menstrual da colega de quarto pode parecer uma ligação psicológica demonstrando amizade e solidariedade – também pode ser só uma coincidência. Há muito pouca evidência científica que os períodos menstruais possam efetivamente sincronizar.
Tensão pré-menstrual (TPM) não é brincadeira
Dores, inchaço, irritabilidade. Para muitos, esses são sinais de”frescura” feminina. Diarreia, insônia, dor articular e muscular e enxaquecas também fazem parte da chamada TPM – e mesmo assim muitos acham que podem debochar e obrigar a mulher a sofrer em silêncio, principalmente no trabalho. Medicamentos para dor, repouso e respeito são indicados para amenizar os sintomas.
Fluxo das estações
Pesquisas sugerem que a luz do sol tem um papel importante no ciclo menstrual. Mais especificamente, se há um aumento das horas e intensidade da luz solar antes de uma mulher ovular (antes da menstruação), há uma chance de ela ter um ciclo mais curto. Ou seja, no segundo ou terceiro mês do verão, as mulheres podem ter menos dias de ciclo devido à grande quantidade de sol dessa estação.
Nem sempre a menstruação é mensal
O senso comum aponta que pular intencionalmente um período menstrual é ruim ou pouco natural. Mas para qualquer uma que não está tentando engravidar e quer usar anticoncepcionais, isso é totalmente normal. Não há evidência médica que aponte que as mulheres devem menstruar todo mês.
Menstruar custa caro
A menstruação de uma mulher durante toda a vida – 38 anos em média – vai custar cerca de R$ 50 mil entre absorventes, medicamentos contraceptivos, analgésicos e outras necessidades relacionadas.
Stress pode mudar tudo
Stress, perda de peso extrema e alterações radicais no estilo de vida podem fazer com que uma mulher pare de menstruar ou alterar o fluxo menstrual para mais ou para menos. Há mulheres que menstruam quase que de imediato quando sofrem algum tipo de trauma, como acidentes de carro, agressões ou acidentes domésticos.
Síndrome do choque tóxico
É rara, mas acontece. A SCT é uma infecção que ocorre quando as bactérias que existem normalmente no organismo começam a se reproduzir de forma acelerada e em massa. O gatilho pode ser um absorvente interno deixado por muito tempo dentro do canal vaginal. Mas tudo depende mesmo da quantidade de bactérias que já estão dentro do organismo feminino. Seguir as instruções na caixa do produto e ficar atenta aos sintomas, que são:
- Febre alta repentina
- Pressão baixa
- Vômito e/ou diarreia
- Irritação nas palmas das mãos e sola dos pés (semelhante à queimadura de sol)
- Confusão
- Dores musculares
- Vermelhidão nos olhos, boca e garganta
O absorvente interno é seguro e a síndrome, muito rara, mas quando houver alguns dos sintomas acima, é necessário procurar atendimento médico imediato.