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Ondas de calor após a menopausa pode ter origem genética

calor

Um novo estudo da Universidade da Califórnia sugere que algumas mulheres estão geneticamente predispostas a experimentar ondas de calor durante o climatério – período que chega depois da menopausa (a última menstruação).

Os pesquisadores identificaram uma variante de um gene que afeta o receptor cerebral regulador do estrogênio. Essas variações aumentam a possibilidade da mulheres sentir ondas de calor durante esse período.

As estatísticas obtidas neste estudo são muito precisas quanto à ocorrência do problema e as associações descobertas estão presentes em mulheres americanas de descendência européia, africana e hispânica. Apesar da associação existir, não ficou comprovado que a causa das ondas de calor são exclusivamente genéticas.

 

A partir do estudo, novos tratamentos podem ser desenvolvidos para aliviar o desconforto sentido nesse período tão delicado.

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Estudo do genoma humano

Para o estudo, os pesquisadores analisaram o genoma humano para identificar ligações entre variações genéticas, ondas de calor e suor noturno. Eles examinaram informações coletadas de 17.695 mulheres que já passaram pela menopausa entre 50 e 79 anos – considerando o relato delas sobre a existência desses sintomas.

Depois de investigar mais de 11 milhões de variações, os pesquisadores encontraram 14 associadas com ondas de calor. Cada uma delas localizada na parte do cromossomo 4 que codifica um receptor cerebral específico, chamado de receptor tachykinin 3. Ele interage com fibras nervosas que regulam a liberação de estrogênio.

 

Mais pesquisa ainda é necessária sobre outras variações genéticas e sua relação com os sintomas.

O que são as ondas de calor?

As ondas de calor são uma sensação de aquecimento corporal, suor intenso e ruborização da face que atinge 3/4 das mulheres após a última menstruação, durante o climatério.

As ondas de calor são súbitas e derivam de um erro de “interpretação” da região do sistema nervoso que serve como termostato corporal – chamada hipotálamo.

Apesar de se sentir muito quente, a medição da temperatura corporal por um termômetro mostra que os índices estão normais, por volta de 36,5 ºC – não sendo, portanto, uma febre.

Esse sintoma pode vir várias vezes por dia, durante 2 a 3 anos e, em menos casos, por mais de cinco anos.

Reposição hormonal e antidepressivos podem ser prescritos como tratamento em casos mais graves, mas, no geral, quando os sintomas são administráveis, a mulher no climatério não recebe tratamento, devendo cuidar da alimentação e hidratação para passar pela fase.

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