É bastante comum encontrar conselhos de auto-ajuda que falam sobre “aprender a amar a si mesmas”. Bons conselhos, mas como exatamente se começa a ter amor-próprio?
Não é tão simples assim: as mulheres quase sempre acreditam que amam a si mesmas, mas ainda assim suas ações, reações e modo de conduzir a vida, sugerem o contrário.
Amor-próprio é essencial para o crescimento pessoal, a realização dos sonhos e desenvolvimento de relacionamentos saudáveis e felizes com outras pessoas.
Ao invés de apenas tentar se convencer de que se ama, a mulher deve praticar auto-compaixão com três passos práticos:
1 – Cuide-se tanto quanto cuida dos outros
Se preocupe tanto com você quanto você se preocupa com os outros. Parece simples, mas muitas mulheres simplesmente não conseguem fazer isso porque acham que estão sendo egoístas ou que suas necessidades não são importantes.
Isso está profundamente enraizado na ideia de que mulheres são seres que cuidam dos outros: filhos, maridos, pais, irmãos. Lembre-se: esses são conceitos culturais muito influenciados por tradições antiquadas que visavam o benefício masculino e da família, não da mulher como indivíduo.
Não é egoísmo cuidar de si mesma. Compaixão por si mesma significa se preocupar com seus próprios sentimentos tanto quanto com o dos outros.
Trate a si mesma da mesma maneira que trataria seus filhos ou seu marido – com gentileza, cuidado e carinho.
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2 – Estabeleça limites
Escreva uma lista de coisas que você precisa emocionalmente, coisas que são importantes para você, que te irritam ou magoam quando são ignoradas ou desrespeitadas.
Essas coisas podem incluir: ser ouvida; ter a simpatia de outros quando está machucada ou magoada; ser celebrada quando conquista algo; receber amor e ternura sem pedir por isso; ser cuidada; saber que pode contar com alguém. O que quer que seja importante para você é importante.
E quando alguém ignora ou ultrapassa os limites do que é importante para você, dói. Não ignore isso, Seus sentimentos estão aí para dizer a você o que é certo e o que é errado.
Deixe que as pessoas saibam quais são seus limites e o que você irá ou não tolerar. Se eles pedirem desculpas, você pode desculpá-los. Se não pedirem e continuarem a ignorar seus limites e necessidades, você precisa criar consequências.
Um companheiro que já foi esclarecido sobre sua necessidade de ser ouvida e compreendida quando você fala sobre seus sentimentos, mas continua a ignorá-los dizendo para você “superar”, precisa receber a reação apropriada. Nesse caso, pode ser seu afastamento.
Relacionamentos são estradas de duas direções, onde vocês trocam amor, aceitação e respeito na mesma medida. Ser assertiva e tomar a iniciativa para satisfazer suas necessidades vão construir sua auto-estima porque vão reforçar a crença, em você e nos outros, de que você merece ser amada e respeitada.
3 – Faça o que for preciso para ser você mesma
O que te faz sentir bem? Não importa o que é, mas tenha consciência de como você se sente quando você faz essas coisas. Sente-se exausta no trabalho, mas alegre e disposta cuidando do jardim? Sente-se realizada ao ler para seus filhos, escrever poesia ou auxiliando um abrigo para animais abandonados? Dedique-se a isso.
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Sentir-se bem é toda a permissão que você precisa para fazer o que você ama fazer. Quanto mais você se dedica ao que gosta, mais feliz será. Se significa que terá que abrir mão de algo, então abra.
Talvez seja um indicativo de que você precisa passar mais tempo sozinha, ou reservar uma hora a cada fim de semana para visitar um museu e recarregar as energias. Ou viajar apenas na sua companhia.
Talvez você precise pedir aos membros da sua família para que cuidem de si mesmos enquanto caminha por uma hora. Faça o que for preciso e não deixe outras pessoas culpá-la, criticá-la ou desestimulá-la porque acham que você está sendo egoísta. Lembre-se: não há mentiras, traições e enganos envolvidos em dedicar-se um pouco a si mesma.
Se você se sente melhor, irá se sair melhor quando precisar dar apoio e ser solidária.
Ao praticar esses três passos, você pode convencer a única pessoa que precisa ser convencida sobre a importância do amor-próprio: você mesma.