Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu uma fofoca (ou espalhou alguma). Hoje em dia, mais do que nunca, a fofoca ganhou status de notícia e muita gente por aí acabou se tornando “profissional” nessa área. Afinal de contas, a fofoca vende, se espalha entre as redes de comunicação e divulga fatos, pessoas, traz ibope, audiência. E se o assunto for uma verdadeira “bomba” então, nem se fala.
Mas e quando a fofoca está pertinho? Rodeando através dos vizinhos no prédio, entre os amigos, no trabalho… E quando ela pode arruinar a carreira ou a reputação de alguém? Pior ainda. O fofoqueiro e o ouvinte são cúmplices e capazes de espalhar comentários indevidos a respeito de outras pessoas, prejudicando-as. Algumas pessoas acabam não percebendo que podem estar prejudicando alguém (afinal, só um comentariozinho, que mal tem?), mas existem pessoas más de verdade, dispostas a desconstruir uma reputação ou carreira, visando o próprio bem. Para abolir de vez este mal, fique atenta!
Índice
O primeiro passo é não ouvir!
O hábito de fofocar é antigo e há pessoas que não conseguem passar nem um dia sequer sem espalhar algum tipo de rumor ou comentário sobre alguém ou alguma situação em particular. É comum também conhecermos pessoas que aumentam os fatos, difundindo-os em doses mais altas do que verdadeiras, pois assim “apimentam” a história e aumentam a chance de que outras pessoas também a espalhem por aí.
A primeira coisa a fazer é se afastar desse tipo de conversa antes mesmo que ela comece. Você não precisa ser rude ou grosseira, mas explique que prefere não ouvir determinadas coisas por não gostar de se envolver em problemas alheios, mude de assunto e falem sobre coisas agradáveis. Em casos extremos, invente uma desculpa e simplesmente saia. O fofoqueiro gosta de pessoas que, como ele, se interessam pelo assunto e o ajudam a difundir um boato. Se não houver jeito, e você achar que ouviu mais do que devia, não emita opiniões. Se o assunto não diz respeito a você, dê de ombros e explique que prefere não declarar nada, pois cada um sabe de si mesmo.
O crivo
Bater papo e jogar conversa fora é ótimo, vou vai dizer que não? É sim! Mas é importante se lembrar de que tudo o que você for dizer as outras pessoas deve passar por um crivo de 3 fases:
– O que vou dizer é verdade?
Antes de passar para frente algum assunto, verifique se há verdade em fatos e palavras. É muito simples dizer “Fulano me contou tal coisa”, mas se você não viu nem ouviu a pessoa envolvida dar sua própria versão do acontecido, então é bom ter muito cuidado.
– O que eu vou dizer é algo bom?
Preste atenção no que está prestes a contar para outra pessoa: aquilo fará bem para todo mundo? Aquilo pode estragar a impressão que as pessoas tem a respeito do envolvido? Não vai prejudicar nem plantar desconfiança entre os protagonistas do assunto?
– O que eu vou dizer é útil?
Afinal de contas, o que você vai contar tem alguma utilidade concreta? Se a resposta for não, então nem vale a pena continuar. Só de parar para pensar a respeito disso, você já perde a vontade de falar. Parece bobagem, mas semear comentários inúteis por aí não agregam em nada a sua vida.
Escolha com atenção com quem vai se abrir
Na vida, em relações familiares ou no emprego, escolha com carinho as pessoas que você quer incluir em seu círculo de amizades. Antes de sair contando algo sobre você, observe como a outra pessoa se comporta a respeito de terceiros. Se ela fala muito dos outros e você identificou certa maldade na difusão desses comentários, então não vale a pena conversar a respeito de você com esse tipo de gente.
Existe fofoca saudável?
Pode parecer contraditório, mas existe sim! Não há nada de errado em comentar uma notícia que tenha saído na mídia no dia anterior, falar da roupa que determinada famosa usou durante uma premiere ou de como o capítulo da novela foi divertido ontem.
No dia-a-dia, é normal numa roda de amigos e conhecidos contarmos a respeito de nossos relacionamentos, gostos pessoais, passeios, etc. Não precisa levar tudo a ferro e fogo. Fazer um comentário gentil ou dar sua opinião sobre algo que sua colega tenha feito pode ser útil e agregador, desde que feito com respeito, educação e diretamente à ela ou em sua presença.
Sou vítima, e agora?
Em casos mais simples, utilize isso como um feedback. De repente, o que estão dizendo pode te ajudar a crescer e ser uma pessoa ou profissional melhor. Porém, se algo grave está sendo comentado a seu respeito, prejudicando seus relacionamentos e carreira, aí sim, é preciso tomar certas atitudes.
– Amigos verdadeiros não precisam de explicações suas. Quem te conhece bem saberá que você é vítima e o fofoqueiro é que é o vilão da história.
– Colegas e pessoas próximas merecem uma satisfação se forem pessoas que você realmente considera e que gostam de você.
– Para superiores esclareça seu ponto de vista, fale apenas de você e como a situação a incomodou. Não lance calúnias nem aja como o fofoqueiro, fale apenas sobre os fatos em si. O que ele quer é que você perca a razão.
– Em casos de prejuízo de qualquer espécie, acione ajuda judicial.
– Seja firme, sorria e continue a dar o melhor de si em tudo o que fizer. Demonstre que não foi atingida pela maldade alheia. As pessoas que não te conhecem bem, com o passar do tempo, vão perceber por si mesmas que o que ouviram antes não passava de pura e simples fofoca.