Doce lar… Quem nunca sonhou com a casa própria? Sair da casa dos pais, casar ou simplesmente fugir do aluguel são as principais razões que levam os brasileiros a lutar pela compra de seu próprio imóvel.
Não é uma tarefa fácil encontrar e pagar por um bem tão caro e importante como o imóvel. Além das questões financeiras, é preciso levar em consideração outros pontos igualmente importantes, como a localização do imóvel, se é casa ou apartamento, o número de dormitórios, as medidas gerais (terreno e área construída), a vizinhança, o tempo de construção (na planta, novo ou usado), e até mesmo se é melhor construir ou comprar pronto para morar.
Veja também ofertas de compra e venda de imóveis.
Índice
Como pagar por um imóvel
Antes de pensar no tipo e local do imóvel, é preciso ter certeza de que este é o momento certo para fazer a compra.
Se você tem em mãos o valor completo de um imóvel, tudo fica mais fácil, principalmente a negociação de preços. Mas sabemos que são poucas as pessoas que podem comprar um imóvel à vista, sem o auxílio de empréstimo, consórcio ou financiamento.
Para quem pretende comprar um imóvel através de crédito bancário, é preciso estar ciente de pelo menos duas exigências dos bancos:
Nome limpo – Nenhum banco libera crédito, seja empréstimo ou crédito de habitação, se o nome do comprador (e do vendedor também, em caso de crédito para habitação) estiver com alguma restrição no SPC ou Serasa. Portanto, antes de solicitar a aprovação de crédito no seu banco, negocie todas as dívidas pendentes.
Comprovação de Renda – Os bancos precisam ter certeza de que o valor emprestado será devolvido dentro do prazo. Para isso, eles exigem a comprovação de renda, seja de trabalhador assalariado ou autônomo, pessoas aposentadas ou pensionistas.
Veja as opções oferecidas pelos bancos:
Empréstimo para Casa Própria
Tanto o empréstimo bancário como o financiamento oferece a você a possibilidade de receber uma quantia “x” e pagá-la em parcelas com juros. A diferença é que no caso do empréstimo, esse dinheiro pode ser utilizado para qualquer compra, pois o valor é entregue diretamente a você, sem um destino específico. Já o financiamento é uma carta de crédito que o banco transfere diretamente para a conta do vendedor do imóvel quando o comprador assina o contrato com o banco, ou seja, a relação não é apenas entre você e o banco, mas sim entre você (comprador), o banco e o vendedor do imóvel.
O empréstimo geralmente possui taxas de juros bem maiores que as taxas de financiamento, por isso é aconselhável tomar emprestado do banco apenas quantias pequenas.
Financiamento de Imóveis
É possível financiar até 100% do valor do imóvel para quem possui renda familiar de até 7 salários mínimos aproximadamente, dependendo da região. Já quem possui um renda familiar superior, poderá conseguir um financiamento de no máximo 90% do valor do imóvel. O restante do valor que não é financiado (neste caso, os 10% que faltaram) deve ser pago diretamente ao banco como entrada.
É preciso fazer uma simulação nos bancos para saber qual o valor máximo de uma carta de crédito que você poderá obter de acordo com a sua renda e idade. A simulação mostrará o valor mínimo de entrada que irá depender também do valor total do imóvel. Na Caixa Econômica Federal é possível utilizar o seu saldo de FGTS para pagar o valor de entrada.
Consórcio de imóveis
Diferente das opções acima, o consórcio não cobra juros, e sim uma taxa administrativa. Se você deseja fugir dos juros, essa é a melhor opção, desde que não tenha pressa em receber a carta de crédito. Para quem não sabe, o consórcio funciona como uma espécie de poupança (forçada, já que se trata de um contrato), onde o comprador vai pagando parcelas baixas (sem juros) enquanto aguarda ser contemplado com a carta de crédito do valor total que ele solicitou para comprar o imóvel. O comprador pode ser contemplado através dos sorteios periódicos (geralmente mensais) ou se der um lance mais alto do que os outros participantes. Sendo contemplado no início ou não, o comprador deverá pagar todas as parcelas. Se não for contemplado durante este tempo, receberá a carta de crédito ao final de tudo. A vantagem é que a taxa administrativa é baixa e não há nenhuma cobrança de juros. Por outro lado, é preciso ter paciência para esperar ou sorte para ser contemplado logo nos primeiros meses.
Outras despesas – Impostos, Escritura e Registro
Seja qual for a sua escolha para o pagamento, é necessário saber que além do valor da casa ou apartamento em si, você terá outras despesas para que o imóvel seja finalmente seu. O percentual de gastos com os impostos, escritura e registro será 3% a 10% do valor total do imóvel. Será preciso fazer uma reserva antes de comprá-lo.
ITBI – Imposto de Transmissão de Bens Imóveis: Logo que o contrato de compra e venda é assinado, o comprador precisa ir à prefeitura de sua cidade para transferir o novo imóvel para o seu nome. Será cobrado o ITBI que corresponde a aproximadamente 3% do valor total do imóvel (esse percentual varia de acordo com a região).
Escritura Pública: Para registrar a escritura do imóvel é necessário pagar uma taxa pré-estabelecida de acordo com o valor do imóvel. Cada estado possui a sua própria tabela de preços. Porém, quem financia um imóvel não precisa, pois o contrato feito com o banco serve como Escritura Pública.
Registro: Baseado numa tabela de preços estadual, o comprador também deverá pagar pelo registro do imóvel. Para esta etapa será necessário levar o comprovante de pagamento do ITBI e a Escritura (ou contrato de financiamento) ao cartório.
Localização e Tipo do Imóvel
Se depois de saber sobre os custos e formas de pagamento do imóvel, você está convicta de que este é o momento de comprar o seu, vamos para o próximo passo.
Localização: Não se engane com beleza. A localização do imóvel também é um quesito muito importante a ser analisado. Não foque apenas na bela arquitetura do imóvel, observe também se há comércio por perto. Coisas essenciais para o dia a dia devem ser de fácil acesso como: padaria, supermercado, farmácia, academia, escola etc. Veja quem são os vizinhos. Note se há bares ou salões de festa que causam barulho por perto, se há bagunça na rua ou se é deserta demais. Para quem usa transporte público, também é fundamental ver se existe algum ponto de ônibus por perto, e quais as linhas que passam por lá.
Tipo de Imóvel: Casa ou apartamento? Se você possui família grande e animais de estimação acostumados com um quintal espaçoso, esqueça apartamento. Quem mora em prédios precisa estar disposto a conviver com regras coletivas, limite de barulho e padronização de tudo (portas, janelas etc). Quem mora em casa tem mais liberdade para fazer um churrasco com os amigos, reformar o que quiser no imóvel e criar animais maiores, porém os preços de casas costumam ser mais elevados do que os de apartamento, e o investimento em segurança se torna ainda mais necessário, já que, com exceção de condomínios fechados, as casas não possuem guaritas, nem porteiros.
Também é necessário escolher se você deseja comprar um imóvel na planta, novo (construído) ou usado. As vantagens e desvantagens de cada um são muito particulares, mas podemos destacar que comprar imóveis na planta ou em construção implica em ter um pouco de paciência, já que raramente as construtoras cumprem o prazo de entrega.
A existência de ações judiciais onde o conjugue do herdeiro é réu, pode impedir a alienação do quinhão do herdeiro, constante do formal de partilha?
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