A realidade de ter filho sozinha é mais recorrente do que imaginados. Os motivos são inúmeros e particulares: pais que não querem assumir os filhos, mães viúvas, mulheres que decidem apostar na inseminação artificial, entre outros fatores importantes.
Para tanto, ter um filho pode ser um pouco “assustador” no começo, especialmente quando não houve uma estruturação planejada para tal situação. Isso não significa que não seja possível planejar e pensar no processo de criação de um filho depois que o mesmo já está sendo desenvolvido, ok?
Por conta disso, fizemos este artigo para lhe ajudar a enxergar novas perspectivas para esta situação. Leia atentamente cada consideração e comece a refletir sobre possibilidades.
Como lidar com a situação de ter filho sozinha?
Ter filho sozinha pode ser tanto uma consequência de algo que aconteceu na família, quanto a própria escolha de uma mulher. Independente do porque, é importante salientarmos pensamentos que devem ser considerados durante todo o processo educativo de uma criança. São eles:
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1- Respire fundo e tranquilize-se
A gente sabe que não é tão simples se sentir tranquila diante de uma responsabilidade tão expressiva, porém, é importante que você compreenda que a sensação de desesperança poderá apenas atrapalhar o seu caminho. Por isso, antes de pensar apenas nos pontos, digamos, “negativos” da situação, tente pensar em coisas que lhe agradem.
Não importa o que seja. Apenas mentalize um lugar que você queria estar, um passeio que você gostaria de fazer, entre outras possibilidades. Vale, inclusive, fazer meditação ou algo do tipo, a fim de acalmar um pouco a mente.
2- Peça ajuda a uma amiga
Temos certeza que você deve conhecer uma amiga que você sabe que pode confiar na hora que as mais diversas dúvidas podem surgir, não é mesmo? Pois bem, ela será muito importante nesse caminhar de se ter filho sozinha.
Você pode, inicialmente, solicitar suporte não somente para as atividades enquanto mãe, como também um bom suporte emocional. Com ela você poderá partilhar as suas angústias, assistir a filmes, trocar ideia sobre assuntos diversos, entre outras possibilidades.
Afinal, cuide para não se isolar das pessoas, ok? Pois isso poderá pesar no seu psicológico. Portanto, mantenha contato com as amigas que você gosta e desfrute do suporte que elas poderão lhe dar.
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3- Permita que a criança crie vínculos
Um erro bastante comum quando mulheres acabam tendo filhos sozinhas é o de querer isolar, mesmo que sem perceber, a criança das demais pessoas. Não há intenção ruim e, muitas vezes, pode estar atrelado com excesso de proteção.
Porém, é muito importante que a criança tenha outros vínculos e contatos, até para que ela possa se desenvolver psiquicamente. Sabemos que no começo pode ser difícil aceitar que a criança receba muita atenção de alguém e que ela também dê atenção para essa pessoa. Em contrapartida, é importante que você a enxergue como um indivíduo social que precisa de vínculos e afetos para além do relacionamento com você.
Nisso você pode incluir a criança passando o dia inteiro brincando com um primo, na casa dos tios, por exemplo.
4- Fale a verdade em uma linguagem apropriada
Depois de um tempo, a criança poderá começar a questionar a ausência do pai. Aqui é muito importante que a mesma saiba a verdade, desde que seja contada de um modo apropriado.
Em casos de falecimento, isso deve ser explicado de um modo que a criança possa entender que o pai não voltará mais, mas, que da mesma maneira ele foi importante na vida da criança. Já em situações de separação, explicar que a mãe e o pai possuem vidas distintas, porém, que ambos amam a criança, é importante para que ela compreenda a realidade.
Esconder a situação nunca é a melhor opção. Por mais difícil que possa ser a verdade, contar uma mentira apenas transformará a verdade em algo ainda mais dolorido, quando descoberta mais tarde.
5- A criança precisa criar a sua própria opinião sobre o pai
Seguindo o raciocínio acima, ao contar a verdade para a criança, ela terá o momento de conhecer o pai de fato e de conviver com ele. Ela precisa deste espaço para que possa desenvolver, inclusive, uma opinião sobre o pai.
Você não pode influenciar nestas decisões, a não ser que o pai represente um perigo emitente para a criança. Caso contrário, este laço é muito válido para o desenvolvimento do seu filho.
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Em contrapartida isso não quer dizer que você deve “fingir” um bom relacionamento com o pai. Mas sim, que você deve apenas ter uma relação de respeito e cumplicidade, na hora de dividir decisões e cuidados importantes com a criança.
6- Tenha uma rede de apoio
Pensar em uma rede de apoio pode ser uma maneira de amenizar os impactos dos contratempos. Afinal, ter um filho sozinha requer muita atenção para momentos específicos, como emergências médicas.
Para isso, tenha sempre em mãos o contato de um taxista de confiança, por exemplo, para que você possa sempre acionar o mesmo quando necessário. Outra medida interessante é você contar com um pediatra que atenda 24 horas, assim, caso a criança tenha alguma crise durante a noite, você sabe que poderá trocar ideia com ele por telefone.
7- Estruture sua vida financeira
Sim, a gente sabe que ter uma estrutura financeira na hora de criar um filho sozinha não é nada fácil. Porém, infelizmente (ou felizmente) devemos pensar de um modo mais racional. Para isso, é preciso que você coloque na ponta do lápis todos os seus ganhos e gastos.
Tente sempre poupar ao máximo e crie uma reserva de emergência para momentos mais críticos. Além disso, procure sempre estar a par de possíveis empréstimos que você possa fazer, caso haja necessidade em algum momento.
8- Converse com alguém para ser seu suporte em emergências
Pode ser uma tia, um tio ou até mesmo um amigo: ter alguém para ser um suporte em emergências é importante não só para a criança, como para você também! Para isso, é imprescindível que haja um relacionamento baseado na confiança, e que você comunique a pessoa de que ela é a eleita como o seu contato de emergência.
Assim, quando alguma situação apertar, você poderá procurar este conhecido como meio de se restruturar diante dos mais diversos impasses.
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9- Não se desespere!
Sabemos que pode ser um pouco difícil conter as crises emocionais e talvez até seja interessante você permitir que as mesmas aconteçam. É aqui que entra o contato de emergência: você deixa a criança se divertindo e brincando, enquanto você organiza seus pensamentos e sentimentos.
O segredo está em entender que fases ruins e momentos que necessitam de choro irão aparecer. E, mais do que isso, é preciso compreender que isso acontecerá não somente com você, como com qualquer pessoa. É a velha história de “pirar de vez em quando, para não pirar de vez”.
Por isso, não se desespere! Chore quando sentir vontade, mas lembre-se que tudo nessa vida é contornável e passageiro. Desse modo, o que está ruim hoje pode estar mais equilibrado amanhã.
10- Ter filho sozinha: Não existe perfeição
Por fim, lembre-se sempre desta afirmação: NÃO EXISTE PERFEIÇÃO! E isso vale para todos os âmbitos de nossas vidas. Por isso, não se cobre tanto, permita-se errar e entenda que você tem muito o que aprender, assim como qualquer pessoa.
Ter filho sozinha pode ser um enorme desafio, mas temos certeza que com amor e paciência, o resultado é uma das melhores coisas da vida. Pode acreditar!
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